Deriva Continental
No trabalho que está prestes a ler, abordei assuntos que explicam desde a Deriva Continental e todos o seus subsequentes relevantes até a Tectónica de Placas. Mais específicamente, tentei explicar “os porquês” por de tráz destes assuntos, isto é, o porquê do cepticismo, das contestações e das reconsiderações perante as teorias, ou por outras, os motivos que levaram as mesmas a passar de teoria à facto.
Na sua concepção, procurei manter a maior fidelidade à verdade e simplicidade possível. Desta forma, abordando somente o que pensei ser necessário para a compreensão da matéria, com esperanças de satisfação de todas as dúvidas e expanção dos conhecimentos de quem o estiver a ler.
Deriva Continental
Definição
Deriva continental é o nome de uma teoria, que trata do movimento dos continentes pelo globo terrestre. A teoria de Deriva Continental estabelecia que, há 200 milhões de anos, todas as massas continentais existentes estavam concentradas em um supercontinente, denominado PANGEA. Afirma tal teoria que as terras emersas do nosso planeta vêm se movimentando desde sua consolidação, e continuam tal deslocamento, em grande parte influência da ação no núcleo incandescente da Terra. Assim, as posições que os continentes e ilhas do planeta ocupam hoje no mapa eram e serão bem diferentes da configuração que apresentam hoje, ou seja, os continentes estão à deriva pelo oceano, em movimento sem direção determinada.
Origens da Teoria
A ideia da deriva continental é formalmente reconhecida quando o geógrafo Antonio Snider-Pellegrini publicou em 1858 um mapa unindo os litorais ocidental da África e o oriental da América do Sul, dando a entender que a América do Sul “descolou-se” do continente africano para seguir uma rota própria (apesar de, Abraham Ortelius, um elaborador de mapas, em 1596, já ter sugerido que as Américas tinham sido separadas da Europa e da África por terremotos e enchentes). Em 1910, o geólogo