Dependência Quimica
Este trabalho é uma síntese do relatório de um estudo exploratório realizado, no período de janeiro a junho de 2000, junto às pessoas que completaram o ciclo de tratamento no Ministério Evangélico Pró-Vida (Meprovi-Clínica), tendo se desligado da Instituição durante os anos de 1998 e 1999. Nossa preocupação foi a de realizar um estudo que indicasse a dinâmica do processo de exclusão/inclusão do egresso do Meprovi-Clínica ao meio social, iniciando-se pelo convívio familiar.
Palavras-chave: dependência química; exclusão; reinserção sócio-familiar.
INTRODUÇÃO
Atualmente, a questão da dependência química e do álcool permeia praticamente todas as ações no contexto da assistência social, seja na perspectiva preventiva ou de tratamento. Desde o trabalho com crianças e adolescentes, até o trabalho com a terceira idade, passando pelos trabalhadores de empresa, mulheres vitimizadas, moradores de bairros periféricos ou assentamentos... sempre, de alguma forma, depara-se com a problemática das drogas e do álcool, de forma direta ou indireta.
A dependência química pode ser assim chamada, pois abarca o uso de todos os tipos de substâncias psicoativas; ou seja, qualquer droga que altera o comportamento e que possa causar dependência: álcool, maconha, cocaína, crack, dentre outras.
A Organização Mundial de Saúde reconhece a dependência química como doença, porque há alteração da estrutura e no funcionamento normal da pessoa, sendo-lhe prejudicial. Não tem causa única, mas é produto de uma série de fatores (físicos, emocionais, psíquicos e sociais) que atuam ao mesmo tempo, sendo que às vezes, uns são mais predominantes naquela pessoa específica, do que em outras. Atinge o ser humano nas suas três dimensões básicas (biológica, psíquica e espiritual), e atualmente, é reconhecida como uma séria questão social, à medida em que atinge o mundo inteiro, em todas as classes sociais.
Sem o tratamento adequado, a dependência química tende a piorar cada vez mais com