dependencia quimica
1.1Comportamentos de adição
No campo das adições pode falar-se de uma serie d comportamentos problemáticos, cujo desenvolvimento leva a uma situaçao em que a vida do individuo, e a dos que o rodeiam, é afectada de forma negativa nas mais diversas áreas. Essa influencia nefasta é sentida a vários níveis e nas distintas áreas de vida do sujeito, verificando-se uma progressiva prda de controlo sobre a conduta adictiva. Segundo Doron e Parot (2001), o termo adição foi divulgado como sinonimo de toxicomania, tolerância ou habituação, significando todo e qualquer comportamento de consumo de uma substancia causadora de dependência física e/ou psíquica.
O termo adição tem a sua origem no latim, em que a palavra addictus significava constrangimento pelo corpo. A adição é um conceito que deriva da aplicação da abordagem clinica dos toxicodependentes a outras áreas comportamentais abarcando o conjunto de perturbações associadas a hábitos, dependências ou excessos (Valleur, 2002).
Durante muito tempo o adicto foi visto a lupa do modelo de doença, em que o comportamento adictivo era biologicamente determinado por via de uma predisposição geneticamente transmitida, no sentido do desenvolvimento da conduta problemática (Marlatt, 1985a) Numa linha interpretativa não muito distante da ideia de doença, Tavares, Silva-Araujo, Lopes, Silva e Sousa (2002) definem o fenómeno da adiçao como sendo um complexo portador de consequências medicas, psicológicas e sociais, no centro das quais se encontram processos biológicos decorrentes da exposição a um agente biológico, a droga, sobre uns substrato biológico, o cérebro, por um longo período de tempo. Esta é uma leitura em que a adição acaba por consuzir a um estado de doença, consequente da exposição prolongada aos efeitos das substancias. No entanto, ficam por explicar as adições que não implicam essa exposição a um agente