dentista
As reabsorções radiculares induzidas na movimentação ortodôntica afetam principalmente a região apical, diminuindo o comprimento dentário e reduzindo o suporte periodontal, especialmente quando afeta mais de 3 µ. O terço apical representa a parte radicular com menor superfície periodontal, por isso sua redução implica em uma pequena perda de inserção radicular. A reabsorção radicular é classificada como um problema idiopático, caracterizado pelo encurtamento da raiz, que se não diagnosticado precocemente, pode causar danos adversos, incluindo a perda do dente. É tida como conseqüência de uma complexa interação de atividades biológicas, próprias de cada indivíduo, associadas às forças mecânicas planejadas pelo ortodontista. Inicia-se pela perda da matriz inorgânica da raiz e pré-cemento. O tecido mineralizado exposto é então destruído pela ação de células clásticas
(osteoclastos e cementoclastos). Dentre os fatores que causam a reabsorção radicular advinda de uma terapia ortodôntica, estão: a magnitude da força aplicada, intervalo de aplicação da força, tipo de força, duração da força, o tempo de tratamento, a idade e o genero do paciente, a quantidade de movimentação dentária, adicionando a suscetibilidade individual e os fatores sistêmicos, locais (tipo de má-oclusão, hábitos, história de traumatismo prévio, estágio de desenvolvimento radicular, forma radicular e saúde bucal), anatômicos e hereditários. A reabsorção radicular atribuída ao tratamento ortodôntico pode ser de superfície e/ou inflamatória.