Denotacao E Conotacao

Os tipos de significado

Como visto em aula, o signo é a menor unidade de comunicação. Podemos definir signo como “uma coisa que lembra outra coisa”. Quando alguém acena, aquele gesto “lembra” um tchau; quando vemos a luz vermelha do semáforo, aquela cor nos “lembra” que temos que parar; quando usamos uma palavra – bolsa, por exemplo – lembramos que se trata de um acessório para carregar documentos, celular, chaves, enfim. Os signos são como as pessoas, têm significados diferentes segundo o contexto (a situação) em que se encontram. Uma mulher é enfermeira em um hospital, mãe e esposa em sua casa e filha na casa de sua mãe. A mesma coisa ocorre com as palavras. Um mesmo significante varia de significado segundo sua posição na frase. “A lua tem quatro fases”. “Ela vive no mundo da lua”. A palavra lua, nestes exemplos, não possui o mesmo significado em ambas as sentenças. Os significados podem ser do tipo cognitivo – quando se referem somente aos aspectos intelectuais da razão humana – ou do tipo emotivo – quando se referem aos tipos e graus de reação emocional às expressões da linguagem ou outros códigos. Esta diferença do cognitivo e do emotivo é importante porque, muitas vezes, as pessoas reagem emocionalmente não à palavra em si ou a sua adequação gramatical, mas à maneira de usar a linguagem ou às circunstâncias em que ela é usada. Os chamados palavrões, para citar um caso, não produzem indignação por si mesmos, mas pelo lugar e pela ocasião, ou pelo tom de voz que são pronunciados. A expressão “filho da mãe” nem sempre é insultante. A palavra “fogo” pode ter um significado cognitivo num discurso normal – “o fogo é um dos quatro elementos da natureza” – mas adquire um significado emotivo se for gritada num cinema lotado. Os papéis sociais dos interlocutores influenciam também o significado emotivo. De um sacerdote, uma médica, um professor, espera-se um nível mais elevado na fala e na escrita, considerado mais apropriado para a sua posição. Se um