Democratização do espaço escolar
INTRODUÇÃO O ponto fundamental da gestão escolar é estimular cada vez mais a conquista da autonomia nas escolas para que haja Democracia, ou seja, participação efetiva e eficaz dos diferentes segmentos que contribuem para o desenvolvimento da educação. A educação preocupa-se na formação do aluno no sentido de conquistar a autonomia no pensar e no agir. Sendo assim, faz-se necessário que a escola apresente também uma gestão democrática através dos setores que compõem a escola. Percebe-se muitas vezes, na gestão educacional, uma administração voltada com ações na verdade, reprodutoras de uma sociedade infelizmente alienada e passiva, ditando regras e não estabelecendo uma relação dialógica ideal com os envolvidos, estabelecendo meramente uma transmissão de ordens, alegando na maioria das vezes cumprirem determinações que lhes vem de cima não proporcionando assim, momentos para discussão. Todas as iniciativas de política educacional, apesar de sua aparente autonomia, têm um ponto em comum: o empenho em reduzir custos, encargos e investimentos públicos, buscando senão transferi-los e/ou dividi-los, com a iniciativa privada e organizações não governamentais. A participação é muitas vezes, limitada, controlada e puramente formal. A estrutura técnica se sobrepõe aos indivíduos envolvidos e o poder e a autoridade se instalam de forma sutil, com obediência, dentro de uma perspectiva clássica de administração que repudia a participação, o compartilhar idéias, a liberdade para expressar-se, a deliberação de decisões e o respeito às iniciativas. A questão do controle ainda é muito forte e mesmo sabendo que o poder e a autoridade são necessários em muitos momentos dentro de várias organizações, intermediando e viabilizando ações criativas para melhora, observa-se ainda um controle rígido, um descompromisso e muito pouca participação da comunidade escolar como um todo (professores, pais, funcionários, lideranças de