Democracia, igualdade e liberdade no pensamento liberal e em Marx
Introdução
Este trabalho tem como objetivo discutir Democracia, Igualdade e Liberdade tendo em vista os pensados do século XIX. Para tanto, foi feita uma análise bibliográfica de autores de duas linhas de pensamento diferentes. Uma que segue o pensamento liberal, apoiados nos textos de Benjamin Constant, Alexis de Tocqueville, John Stuart Mill, e alguns de seus respectivos comentadores; e outra com base no pensamento de Marx.
De uma forma sucinta, este trabalho está estruturado de modo que cada temática seja discutida separadamente, afim de que haja maior diálogo entre os autores sobre cada assunto. Sendo assim, de primeiro momento será problematizado a Liberdade, logo depois a Igualdade, e por fim a Democracia.
Liberdade Para iniciar o debate sobre a Liberdade usaremos a distinção feita por Benjamim Constant. Este autor pensa o significado de liberdade em dois momentos históricos distintos. Primeiramente, a liberdade entre os povos antigos; logo depois vemos a liberdade típica das nações modernas.
Com Constant, podemos observar que entre os povos antigos o individuo é soberano nas deliberações coletivas, porém era submisso á autoridade do todo. Já entre os modernos, o individuo só deve se submeter às leis, estando livre para agir como bem entender, mas, ao contrário dos povos antigos, nas nações modernas, o indivíduo tem sua soberania limitada nas decisões.
De acordo com Constant (1985, p.3):
“O objetivo dos antigos era a partilha do poder social entre todos os cidadãos de uma mesma pátria. Era isso o que eles denominavam liberdade. O objetivo dos modernos é a segurança dos privilégios privados; e eles chamam liberdade as garantias concedidas pelas instituições a esses privilégios.”
Alexis de Tocqueville, por sua vez, ao comparar liberdade e igualdade no segundo volume de A Democracia na América, também olha para história quando