demencia
Segundo FREITAS (2006), as demências de origem vascular são a segunda causa de demência mais comum entre idosos afora a doença de Alzheimer.
Embora a demência vascular tenha sido descrita há mais de um século, o seu diagnóstico permanece um desafio. Vários tipos de critérios clínicos foram propostos a fim de estabelecer a presença ou ausência de demência vascular de um modo padronizado e inequívoco. Estudos clínicos demonstraram que tais critérios foram capazes de identificar diferentes grupos de pacientes. No entanto, há controvérsias que permanecem mesmo quando são usadas correlações clinicopatológicas retrospectivas.
Os prejuízos cognitivos associados com a doença cerebrovascular decorrem principalmente das lesões delas mesmas, mas também são devidos, em partes, a distúrbios metabólicos (isquemia crônica), a polifarmácia, e/ou aos fatores de risco subjacentes (hipertensão arterial, diabetes). A detecção precoce do risco de prejuízo cognitivo de origem vascular permitirá a intervenção preventiva em indivíduos antes que o dano cognitivo se estabeleça.
2 DESENVOLVIMENTO
O conceito de demência vascular, apesar de muito difundido, ainda é dos mais difíceis a estabelecer, e não há consenso verdadeiro quanto à significação do termo. A palavra “demência” supõe uma deterioração cognitiva, e a palavra vascular sugere que exista um processo implicando os vasos sanguíneos de pequeno ou grande calibre e que os fatores hemodinâmicos, tais como a hipertensão e a hipotensão, teriam um papel primordial.
Os dois elementos cardinais presentes nos vários critérios diagnósticos são: a definição de síndrome demencial e a definição de uma causa vascular da demência.
O DSM-IV (Diagnosis and Statisfical Manual of Mental Disorders) requer a presença de sinais neurológicos focais e de sintomas ou achados laboratoriais de dano neurológico focal, ou seja, clinicamente atribuível ao distúrbio.
A CID-10 (Classificação Internacional das Doenças 10.ª Revisão)