Demarcação científica
O texto faz uma abordagem sobre a demarcação científica, salientando que esta discussão jamais será concluída, pois ao falarmos de critérios de cientificidade, fazemos uma suposição que temos um conceito não evidente e que necessita de definição, como é o conceito de ciência.
E ao tomarmos o critério de coerência, que também não é evidente, e apelando para sua característica lógica de falta de contradição, surge a constatação que nem lógica, nem contradição são conceitos evidentes e que precisam de redefinição. Cada termo terá que ser definido por um novo termo e assim indefinidamente.
Aborda também a demarcação científica das ciências sociais, que é apresentada como uma forma de se ver a ciência, que se torna aceitável na medida em que é fundamentada, e apresenta também dois extremos; o dogmatismo que faz da ciência um mero instrumento de justificação ideológica e o relativismo metodológico que procura basear sua validade declarando todas as posições válidas.
Mas em ambos os casos prejudiciais à ciência, pois no caso do dogmatismo a divergência se torna fim de si mesma e no relativismo porque não há criatividade.
O simples fato de não concluir uma certa discussão a mesma não se torna relativista. Uma vez que a ciência é um processo, ou seja, está sempre se renovando, a labilidade da demarcação não ser torna propriamente um defeito, há uma grande rejeição quando se diz que na ciência social nada está definitivamente comprovado, a promessa de certeza é a coisa mais incerta na ciência social.
Mas é certo que a ciência social tem amadurecido e está se transformando e trazendo alternativas para um novo começo, a grande desvantagem é o fato da maioria das discussões sociais serem confusas, pois para se fazer ciência aberta as discussões, devem está mais voltadas para a realidade do que com a defesa ideológica.
A labilidade típica da demarcação cientifica mostra não valer a pena imitar mecanicamente as outras