Demanda
2.1. A Versão Clássica da Demanda de Moeda (A Teoria Quantitativa da Moeda)
2.2. A Versão Keynesiana da Demanda de Moeda (A Teoria da Preferência pela Liquidez)
2.3. O Modelo Baumol-Tobin de Demanda de Moeda
2.4. A Abordagem de Friedman
2.5.Tópicos sobre a Demanda de Moeda
2. A Demanda de Moeda
A moeda é formada por uma série de ativos financeiros (incluindo dinheiro, saldos bancários, cheques de viagem e outros instrumentos) com características especiais, que os distinguem dos outros tipos de direitos financeiros. Quando uma pessoa vai ao cinema, compra legumes ou um carro, nunca vai tentar fazer a compra com títulos ou ações, mas com algum tipo de dinheiro. Esta característica - a de ser um meio de troca aceitável - é a sua função quintessencial. Um motivo importante pelo qual a moeda é um meio de troca tão útil é que, de acordo com a lei, ninguém pode recusar-se a receber um pagamento em dinheiro. Na realidade, a moeda exerce três papéis fundamentais.
Em primeiro lugar, é um meio de troca, isto é, as pessoas estão dispostas a aceitá-la em troca de bens e serviços e, portanto, não há necessidade de haver coincidência mútua de desejos para que uma transação ocorra. Em segundo lugar, serve como unidade de conta, e como tal os preços são cotados em unidades monetárias e não em relação a outros bens e serviços. Nestes dois papéis a moeda facilita o processo de troca. Em terceiro lugar, a moeda é uma reserva de valor e, neste papel, é igual aos demais ativos financeiros. Quando as pessoas recebem dinheiro em troca de bens e serviços, não precisam gastá-lo imediatamente, porque ele mantém seu valor (exceto em períodos de inflação, quando deixa de ser usado como reserva de valor).
Ao lado do papel exercido pela moeda na economia, é importante estudarem-se os determinantes da demanda e da oferta de moeda, tendo em vista justamente a influência da moeda em muitos e variados aspectos do comportamento da economia. Os preços, por exemplo,