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COM O
CONHECIMENTO
Quando estudamos o nascimento da Filosofia na Grécia, vimos que os primeiros filósofos – os pré-socráticos – dedicavam-se a um conjunto de indagações principais:
“Porque e como as coisas existem?”
Pouco a pouco, passou-se a indagar o próprio cosmo, qual era o princípio eterno que ordenava todas as coisas e que permanecia imutável sob a multiplicidade e transformações delas. Esse princípio era concebido como o fundo imperecível presente em todas as coisas, fazendo-as existir tais como são. Esse fundo presente em todas as coisas é o Ser. Assim, passou-se a perguntar qual era e o que era o Ser, tal opto, subjacente a todos os seres. Com isso, a filosofia nascente tornou-se ontologia,
Isto é, conhecimento ou saber sobre o ser. Por esse mesmo motivo, alguns estudiosos consideram que os primeiros filósofos não tinham uma preocupação principal com o conhecimento como, não indagavam se podemos ou não conhecer, pois a verdade, sendo alteia, a presença e manifestação das coisas para os nossos sentidos e para o nosso pensamento, significa que o Ser está manifesto e presente para nós e, portanto, nós o podemos conhecer. Toda via a opinião de que os primeiros filósofos não se preocupavam com nossa capacidade e possibilidade de conhecimento não é exata.
Para tanto, basta levarmos em conta o fato de afirmarem que a realidade (O Ser, a natureza) é racional e que podemos conhecer porque também somos racionais; nossa razão é parte da racionalidade do mundo, dela participando.
Desde seus primórdios, a Filosofia se ocupou do problema do conhecimento. Os primeiros filósofos na Grécia que questionaram sobre o mundo (cosmos), sobre o homem, a natureza e etc., tentaram encontrar a verdade em um princípio único (arché) que abarcasse toda a realidade, isto é, sobre o Ser. Mas foi somente com a Modernidade que a questão do conhecimento foi devidamente sistematizada. Retomando os antigos, a