Deleuze- Imagem Tempo
Professor Nuno Nabais
Xavier Faria Lopes
[DELEUZE: IMAGEM-TEMPO]
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Deleuze: imagem-tempo
Imagem-Tempo
Partindo-se do pensamento de Bergson sobre o tempo, este diz-nos que a imagem cinematográfica surge como um meio de representação de que tudo é movimento, tudo é uma imagem-movimento. A imagem-tempo, baseia-se na passagem de uma imagem à outra através de processos de enquadramento e pela montagem de planos, em que cada plano representa um corte sobre a imagem e sobre o movimento e, desta maneira é possível ser criado o auto movimento no cinema. Este regime que determina as imagens movimento pressupõe uma cronologia baseada na lógica de sucessão de acontecimentos, em que cada movimento sucede ao anterior cronologicamente.
Eis então que entra Deleuze em cena. Por altura do início do neorrealismo, a imagemmovimento entra em falência devido à necessidade de se mostrar não apenas o presente puro das personagens, que é o representado na imagem-movimento, onde a realidade representada é única e exclusivamente presente e as personagens deixam de “saber lidar” com, por exemplo, os problemas que ultrapassam, os seus sonhos ou ilusões, porque para isso, requeria uma reintrodução de um passado, não presente na imagemmovimento. Dado isto, Deleuze percebe a tendência, a necessidade cinematográfica, do abandono da imagem-movimento e substitui-la por uma imagem-tempo.
Na imagem-tempo, o tempo transporta a imagem para além do movimento. Quando se pensa nesta transformação de regimes, Deleuze realiza um processo de emancipação da questão do tempo, na medida em que o tempo se torna independente do movimento, estando também, portanto, descondicionado do presente. O tempo deixa de ser visto como apena uma linha cronológica simples onde daí