Definições da ética em Spinoza
Spinoza – Definições
1. Por causa de si compreendo aquilo cuja essência envolve a existência, ou seja, aquilo cuja natureza não pode ser concebida senão como existente
• Ela é causa de si mesma(causa sui), logo não é causada por outra coisa, porque é absolutamente infinita e indivisível.
2. Diz-se finita em seu gênero aquela coisa que pode ser limitada por outra da mesma natureza. Por exemplo, diz-se que um corpo é finito porque sempre concebemos um outro maior. Da mesma maneira, um pensamento é limitado por outro pensamento. Mas um corpo não é limitado por um pensamento, nem um pensamento por um corpo.
• Demonstra a idéia que deus não pode ser finito, porque não existe algo igual a ele capaz de lhe dar um fim. “uma coisa é finita no seu gênero quando pode ser limitada por outra coisa da mesma natureza”.
3. Por substância compreendo aquilo que existe em si mesmo e que por si mesmo é concebido, isto é, aquilo cujo conceito não exige o conceito de outra coisa do qual deva ser formado.
• Proporciona a idéia de Deus como substância única da qual se originam todas as outras coisas existentes.
4. Por atributo compreendo aquilo que, de uma substância, o intelecto percebe como constituindo a sua essência.
• Deus é uma substância que não remete a nada, por ser causa sui, remetendo somente a ela mesma. A substância que possuindo inúmeros atributos pode ser descrita de diversas formas e cada uma dessas descrições expressa uma essência infinita e eterna.
5. Por modo compreendo as afecções de uma substância, ou seja, aquilo que existe em uma coisa, por meio da qual é também concebido.
• A substância existe em si e é concebida por si; enquanto os modos são concebidos por outra coisa.
6. Por Deus compreendo um ente absolutamente infinito, isto é, uma substância que consiste de infinitos atributos, cada um dos quais exprime uma essência eterna e infinita.
Explicação. Digo absolutamente infinito e não infinito em seu gênero,