definição neurose
O termo neurose foi popularizado na França por Phillipe Pinel, em 1785. Em 1893, Sigmund Freud retoma o conceito que começa a ser empregado para designar uma doença nervosa cujos sintomas representam um conflito psíquico recalcado, de origem infantil. Com o desenvolvimento da psicanálise, também se desenvolveu o conceito de neurose assim, a neurose passou a fazer parte de uma estrutura tripartite, ao lado da psicose e perversão.
Laplanche e Pontalis apontam uma definição para a neurose como sendo uma afecção psicogênia, na qual os sintomas expressão um conflito simbólico, que se transpassa no psiquismo e possui raízes no desenvolvimento da história do sujeito, e possui relações com o desejo e a defesa. Em outras palavras, eles querem dizer que a neurose pode se caracterizar por perturbações no comportamento, no pensamento ou também dos sentimentos que se voltam contra um conflito interno de fonte de angústia. A pessoa se volta para a visão que a consciência dela mantém, se distanciando muitas vezes da realidade.
Os autores em questão também ressaltam que Freud entre 1800 e 1900 demonstrava saber de uma distinção do ponto de vista clínico entre psicoses e neuroses, dando uma terminologia a elas que são usadas até hoje. Porém, a principal preocupação de Freud não era delimitar a distinção entre psicose e neurose e sim, por em evidenciar o mecanismo de ambas em uma série de afecções. Podemos dizer que a neurose é caracterizada por perturbações do comportamento, do pensamento ou dos sentimentos que se manifestam contra um conflito interno de fonte de angústia.
Do ponto de vista Freudiano, são classificadas no registro da neurose a histeria e a neurose obsessiva, acrescentando também a neurose atual que abrange a neurose de angústia, a neurastenia e a psiconeurose. Assim, num primeiro momento Freud faz a distinção entre neuroses atuais, cuja origem se dá por distúrbios somáticos da sexualidade, e difere