Neurastenia
Instituto de Psicologia
PSC 1322 – Introdução à Psicopatologia
I. Definição
Nota: Existem variações culturais consideráveis para a apresentação deste transtorno, sendo que dois tipos principais ocorrem, com considerável superposição. No primeiro tipo, a característica essencial é a de uma queixa relacionada com a existência de uma maior fatigabilidade que ocorre após esforços mentais freqüentemente associada a uma certa diminuição do desempenho profissional e da capacidade de fazer face às tarefas cotidianas. A fatigabilidade mental é descrita tipicamente como uma intrusão desagradável de associações ou de lembranças que distraem, dificuldade de concentração e pensamento geralmente ineficiente. No segundo tipo, a ênfase se dá mais em sensações de fraqueza corporal ou física e um sentimento de esgotamento após esforços mínimos, acompanhados de um sentimento de dores musculares e incapacidade para relaxar. Em ambos os tipos há habitualmente vários outras sensações físicas desagradáveis, tais como vertigens, cefaléias tensionais e uma impressão de instabilidade global. São comuns, além disto, inquietudes com relação a uma degradação da saúde mental e física, irritabilidade, anedonia, depressão e ansiedade menores e variáveis. O sono frequentemente está perturbado nas suas fases inicial e média mas a hipersonia pode também ser proeminente.
Inclui:
Usar código adicional, se necessário, para identificar a doença física antecedente.
Inclui:
Síndrome de fadiga
Exclui:
Astenia SOE (R53)
Estafa (Z73.0)
Mal estar e fadiga (R53)
Psicastenia (F48.8)
Síndrome da fadiga pós-viral (G93.3)
II. Historicidade
A neurastenia foi criada como categoria médica pelo neurologista George Beard na segunda metade do século XIX, através da publicação de dois artigos: “Neurasthenia, or nervous exhaustion”, 1869, e “A practical treatise on nervous exhaustion (neurasthenia)”, de 1880. Somando o conteúdo publicado aos estudos de outros