Neurose de angústia
O desenvolvimento da Neurose de Angústia na teoria Freudiana se concretiza concomitante a uma importante diferenciação da neurastenia e de outras patologias histéricas. A novidade com os casos de Neurose de Angústia revela um campo que não pertence à Psicanálise, julgado por Freud à época; dado que tal patologia aparentava ser resultado de um “acúmulo de excitação sexual somática, incapaz de descarga no campo psíquico” (‘Nota do Editor Inglês’, Pág. 104, em “Sobre os Critérios para destacar da Neurastenia uma Síndrome Particular Intitulada Neurose de Angústia”). Então, para Freud, à época, se não há nenhuma origem psíquica na etiologia da neurose de Angústia, tal patologia não era objeto de estudo para a psicanálise.
Entretanto, até tal período, por volta de 1894/1895, Freud ainda não tinha adotado por completo a existência de processos mentais inconscientes, entretanto, fazia distinções importantes quanto à excitação somática e libido, em que a segunda referia-se a esfera psíquica, como desejo psíquico, apesar de não haver, ainda, clara distinção entre psíquico e consciente. Já em 1897, Freud aceita “a concepção de libido como algo potencialmente inconsciente” (‘Nota do Editor Inglês’, Pág. 105, em “Sobre os Critérios para destacar da Neurastenia uma Síndrome Particular Intitulada Neurose de Angústia”), e afirma a ansiedade neurótica como libido sexual transformada.
As ideias referentes à Neurose de Angústia serão desenvolvidas a seguir, mas por hora é importante justificar a intenção do presente trabalho, apenas com o que foi dito sobre a patologia, e para isso enumerar considerações importantes: A Neurose de Angústia configura-se como acúmulo de excitação que não é representada na esfera psíquica como desejo psíquico. Em tal Neurose não se configura a reminiscência. A excitação e a ansiedade são de origem somática, porém a presença de angústia revela relação com a sexualidade e decréscimo de