Deficiência Intelectual

1. Conceito

O conceito de deficiência, e especificamente o de deficiência intelectual, tem sido definido de diferentes formas. Atualmente o conceito mais aceito e adotado pelos documentos brasileiros em relação a educação é o da Associação Americana de Deficiência Mental (AAMR), trata-se de uma limitação no funcionamento intelectual inferior à média, existindo associada à limitações adaptativas em pelo menos duas áreas de habilidades: comunicação, cuidados pessoais, vida no lar, habilidades sociais, desempenho na comunidade, independência na locomoção, saúde e segurança, habilidades acadêmicas funcionais, lazer e trabalho. Com início antes dos 18 anos. (SCHMIDT, ANGONESE, p. 4294, 2009)
A definição proposta é multidimensional, explicando a deficiência intelectual a partir de cinco dimensões. A primeira dimensão, habilidades Intelectuais são avaliadas por meio de testes psicométricos de inteligência, ou seja, é medido “capacidade de raciocínio, planejamento, solução de problemas, pensamento abstrato, compreensão de idéias complexas, rapidez de aprendizagem e aprendizagem por meio da experiência” (LUCKASSON, 2002 apud CARVALHO, MACIEL, p.150, 2003)
Carvalho e Marciel (2003) destacam que o Sistema 92 da AAMR adotava o valor do QI como índice para a demarcação da avaliação intelectual, o atual Sistema, o faz pela medida do desvio-padrão. Citam também testes como o WISC-III e WAIS-III como instrumentos de medição da inteligência recomendados pela AAMR.
Quanto à dimensão do comportamento adaptativo, definido por Luckasson “como o conjunto de habilidades conceituais, sociais e práticas adquiridas pela pessoa para corresponder às demandas da vida cotidiana” (2002 apud CARVALHO, MARCIEL, p. 151, 2003), o Sistema 2002 indica uma avaliação objetiva desse comportamento a partir da utilização de instrumentos próprios para a mensuração.
A terceira dimensão ressalta a importância da participação do deficiente intelectual na comunidade em que vive e a avaliação é feita por