Deficit de aprendizagem
Escrito por Gilmar de Oliveira
18-Fev-2008
Mais um início de ano letivo. Mais uma oportunidade de retirarmos os rótulos que, muitas vezes, colocamos nos alunos já no primeiro dia de aula. “Este aqui não passa de ano”, “desse jeito, sem um milagre, vai reprovar!” São frases comuns ouvidas na sala dos professores. A maioria dos déficits na aprendizagem ocorre em alunos que não apresentam problemas clínicos que os impedem de aprender. Mas pense: mais do que um problema orgânico ou emocional, mais até do que a desestrutura familiar, é a desestrutura da escola e seus vícios a maior dificuldade de aprender. Já comentei neste espaço outras vezes o fato da escola ser chata e não ter meios de competir com a TV e os “games”. Mas irei focar noutro aspecto importante para uma inclusão adequada e real: a amplitude daqueles que apresentam dificuldades de acompanhamento e rendimento escolar. Quantos foram diagnosticados por especialistas, com laudo assinado e tudo? A minoria, imensa minoria. E quando se tem o diagnóstico, o que se faz para lançar mão de um processo de ensinagem coerente ao caso? É fundamental de se lembrar, neste início de ano, que até a famosa preguiça é um sintoma, não a causa da dificuldade de aprendizagem. Um sintoma que traz algo maior, que deve ser identificado e minimizado. Pois, como todo ser humano, o aluno está programado geneticamente para aprender. A aversão por assuntos da escola, a negativa de aprender ou vivenciar novos conteúdos e a indisciplina do aluno disfarçam dificuldades de aprendizagem. Problemas como a dislexia, o Déficit de Atenção ou a dispraxia são, muitas vezes, até fáceis de identificar. Difícil é entender que todo aluno que não acompanha a classe tem direito a um diagnóstico preciso e do acompanhamento pedagógico correto. Uma equipe multidisciplinar, a partir dos relatórios da orientação educacional, diagnostica e