Defesa quimica de algas Bentonicas frente a Herbivoria
A herbivoria é conhecida como um processo capaz de exercer um importante papel sobre a abundância e a distribuição de algas nas diversas comunidades marinhas. Em recifes de corais, por exemplo, os herbívoros são abundantes, diversos e afetam diretamente a composição específica dos produtores primários, sendo capazes de remover quase a totalidade de biomassa diária produzida. Devido a isto, esses organismos desenvolveram uma grande variedade de estratégias para minimizar as suas perdas e evitar que seus bancos sejam completamente devastados pelo intenso consumo gerado pelos herbívoros. Muitas macroalgas podem deter os consumidores através de defesas químicas, morfológicas, estruturais, por associação com outros organismos defendidos, ou por possuírem baixa qualidade nutricional (SOUZA, 2009) Este trabalho se aterá a expor alguns exemplos de defesas químicas produzidas por algas frente à herbivoria. Cabe aqui ressaltar que esta defesa, se caracteriza pela produção de diversos metabólitos secundários que são conhecidos como mediadores de interação herbívoro/macroalga, atuando como agentes que minimizam a ação dos herbívoros no consumo destes organismos (CRESPO,2002). A ocorrência de metabolitos secundários não é uma característica absoluta, mas um aspecto extremamente variável. Diversos fatores têm sido apontados como causadores de variação em teores de defesa química em organismos marinhos, tais como o nível de exposição dos organismos a consumidores (= pressão de predação), a profundidade, a época do ano, a localização geográfica da comunidade ou até mesmo a ação de consumidores pode alterar a defesa química em organismos marinhos (RIBEIRO, 2008).
2. DESENVOLVIMENTO. Segundo Crespo (2002) a Ecologia Química Marinha constitui uma a área de pesquisa bastante recente, que se ocupa em estudar as mediações químicas em diferentes níveis de interações dos organismos marinhos, buscando elucidar a estrutura