Defesa Do Cafe E 1 Guerra Mundial
10 5.2 A política de defesa do café No final do século XIX, o Brasil já era o principal produtor de café, com três quartos das exportações mundiais. No mercado cafeeiro, o país atuava como um produtor semimonopolista, com grandes vantagens comparativas, tais como, enormes reservas de terras férteis e de mão-de-obra. Mas apesar da disseminação do consumo de café em todo o mundo, a demanda pelo produto atingiu seu limite. Pelo lado da oferta, a produção tendeu sempre a aumentar, resultando periodicamente em crises de superprodução.
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11 5.2 A política de defesa do café Dada a força econômica e política dos cafeicultores, mecanismos de defesa do café foram utilizados, dos quais o mais freqüente era a depreciação da moeda nacional nos momentos de queda dos preços de exportação. No entanto o mecanismo cambial tinha seus limites. Em 1906, a partir do Convênio de Taubaté, sofisticaram-se os métodos de defesa do café, e o governo passou a comprar os excedentes de produção, financiado por empréstimos externos. A política de valorização do café, para ser eficiente, deveria ter desenvolvido mecanismos que impedissem o contínuo aumento da produção.
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12 5.2 A política de defesa do café Contudo, a defesa do nível de preços não só incentivou a produção interna ainda mais como também constituiu um estímulo fabuloso para os concorrentes externos. A Grande Depressão só precipitou uma crise que já vinha se arrastando potencialmente há décadas. No período de 1925 -1929, a produção crescera quase 100%, com as exportações estáveis de dois terços de todo o café produzido no Brasil. O consumo de café nos Estados Unidos era estável, com a renda per capita crescente nos anos 1920 e com os preços no varejo estáveis. Mesmo com o início da Depressão, a produção continuou a aumentar, atingindo o seu ponto máximo em 1933, em função do início efetivo da produção plantada em 1927-1928.
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13 5.2 A política de defesa do café No período de 1927-1929 ocorreram as