Defeitos em Películas de Tintas
l. Inclusões de ar
Bolhas de ar ocluídas na película podem ser liberadas sem maiores conseqüências se a viscosidade do filme for suficientemente baixa e a película permanecer fluida durante tempo suficiente. Entretanto, evaporação rápida dos solventes, cura rápida ou viscosidade inicial muito elevada, impedem a liberação do ar e fazem com que as bolhas permaneçam no interior do revestimento. Além do uso de solventes menos voláteis, que deixem o filme aberto durante um tempo maior de modo a permitir a liberação das bolhas, agentes anti-espumantes e quebradores de bolhas (“antifoams” e “defoamers”), tais como os silicones, podem desestabilizá-las pela quebra da tensão superficial e promover a sua coalescência e liberação. 2. Células de Bénard
As “Células de Bénard” são células hexagonais, com centros bem definidos, produzidas por padrões de circulação turbilhonar induzidos pela evaporação dos solventes em películas delgadas. Em filmes espessos (vários milímetros ou mais), as “Células de Bénard” são causadas pela circulação de convecção devido à gravidade. Em filmes de espessuras típicas (10 a 100 micra), elas são provocadas por gradientes de tensão superficial resultantes da temperatura ou concentração. Em filmes de espessura intermediária, tanto a gravidade como os gradientes de tensão superficial podem atuar como agentes causadores das “Células de Bénard”. Estudos experimentais demonstraram que as “Células de Bénard” podem ser eliminadas