Decomposição da serrapilheira em reflorestamentos com árvores nativas da mineração rio do norte
Mariana Botelho SERRANO
O fluxo de nutrientes e a energia nos ecossistemas podem ser diferenciados baseado sobre produção primária e perda da matéria orgânica, onde em muitos ecossistemas terrestres cerca de 90% da produção primária entra no solo como matéria orgânica morta (Faber, 1992). O mecanismo da decomposição da serapilheira é determinado primeiramente por processos de natureza química e a microflora que efetuam a quebra das folhas (Panikov et al., 1985). Entre a fauna do solo, os decompositores têm papel fundamental no processo de decomposição. Trabalhos realizados até o presente em floresta primária e em floresta secundária (Luizão, 1982; Fagundes & Franklin, 1999), mostraram que a decomposição da serapilheira desaparece rapidamente em função da presença da microflora e da elevada diversidade dos grupos decompositores da fauna do solo. Desta forma, este estudo foi desenvolvido em reflorestamentos com árvores nativas de diferentes idades tendo como objetivos: 1. Determinar a taxa de decomposição de seis espécies vegetais em reflorestamentos com árvores nativas e floresta primária; 2. Determinar a contribuição de grupos da mesofauna do solo na decomposição das seis espécies vegetais; 3. Determinar a diversidade de grupos presentes no experimento de decomposição. Este trabalho foi realizado em áreas da Mineração rio do Norte (MRN) localizada no município de Oriximina, a oeste do estado do Pará, na localidade denominada Porto Trombetas. Foram selecionados reflorestamentos dos anos de 1981, 83, 84, 86, 93, 94, 97, 99, 2000 e como parâmetro de comparação foi selecionada uma floresta primária. Utilizou-se 300 sacos de malha de náilon devidamente etiquetados, medindo 20cm X 24cm, contendo folhas de seis espécies vegetais: Vismia latifolia, Clitoria racemosa, Sclerobium paniculatum, Simaruba amara, Tabebuia serratifolia e Acacia mangium. Trinta sacos de malha foram