Declínio do feudalismo
Existem algumas definições sobre o Feudalismo. A primeira delas surgiu com base na compreensão jurídica da contratualidade da propriedade da terra. Paralelamente, o entendimento econômico do termo adquire olhar nas relações de produção entre o produtor direto (servo, ou vassalo) e o seu superior imediato (senhor), notadamente distinta das relações dos modos Escravista e Capitalista, em que pese à falta de liberdade de ir e vir, a propriedade dos meios de produção, bem como baixo nível técnico para suprir não mais que as necessidades imediatas.
É igualmente durante esse mesmo período que o autor faz referência à intensificação do uso do dinheiro para intermediar a troca de mercadorias e o consumo dos serviços no interior dos próprios feudos, bem como para o pagamento de produtores assalariados dentro das terras arrendadas. A consolidação da economia monetária, por sua vez, não apenas estimulou o aumento das correntes de comércio nas imediações dos feudos, onde surgiam burgos e cidades, como foi considerado um dos componentes para o declínio do modo de produção feudal.
Não há como atribuir apenas ao mercado monetário, contudo, a crise nesse sistema de produção. Tão, ou mais decisivo foram as relações internas presentes nessa estrutura produtiva, notadamente a exploração da mão de obra do camponês para satisfazer a necessidade de renda adicional por parte da classe dominante, bem como o despotismo esclarecido de senhores feudais, o que levou à migração em massa dos camponeses aos burgos, que surgiam como centros comerciais e livres da região.
O autor chama a