Debray
Capitulo II – «The Medium is the message.»
O motor de arranque do método
Radioscopia de um cliché
O médium e a mensagem estão em simbiose.
Há a confusão no que toca a verdades verificadas, porém confunde-se esta mensagem com o médium, como se o canal, o código, o suporte e o médium fossem o mesmo e toma-se o escrito como verdade e parte de nós como o que se absorve é divino.
A evolução do Logos criou barreiras contra estes factos por o conhecimento ter-se tornado independente do recetáculo de origem e o saber suscetível a alterações da língua. Dá-se a emancipação da mensagem ao médium – surgindo a comunicação.
Em tudo existe um começo e existem coisas que precisam ser esclarecidas para que se entenda por onde se começou:
1ª Observação – O simplismo paga-se, mesmo podendo obter-se a mensagem através de mecanismos de minimização e simplificação nunca entenderemos o núcleo e a verdadeira essência, e a mesma nunca vai criar impressão pois através da abreviação perde-se. Entendendo-se que o médium é importante, pois não adianta atingir a ideia se não a conseguimos elucidar.
2ª Observação – Mensagem Enunciado cientifico
O enunciado não necessita de um destinatário nem está anexado a um emissor, é impessoal e adequa-se à inteligência. Enquanto a mensagem é vocativa, implicitamente ou não, é descritiva/prescritiva e tem valor pragmático.
Zona mensagem: certum (domínio das crenças e certezas objetivas)
Zona enunciado: verum (domínio das verdades demonstráveis ou falsificáveis)
O que pode fazer o valor da mensagem é a produção pelo médium formando-a mais completa.
3ª Observação – diferenciação do médium. Mesmo sendo o médium um termo complexo, primeiro porque este não existe, segundo por designar diversas realidades/possibilidades.
Médium é o veiculo por e como representamos a mensagem que se enunciou.
Muitas vezes esquecemos que demoramos milénios a chegar onde estamos hoje, e esquecemos que não