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DEBRAY, Regis, Vida e Morte da Imagem. Barcelona, editora Paedós 1992.
Debray afirma que o nascimento da imagem está unido desde o principio a morte. E à medida que se elimina a morte da vida social, a imagem é menos viva a nossa necessidade de imagens.
O autor diz que a origem não é a essência; o que importa é o que está para acontecer. Mas toda a coisa obscura se clareia em seus arcaísmos. O substantivo arché, significa ao mesmo tempo razão de ser e inicio. Quem retrocede no tempo avança no conhecimento.
Por isso para conhecer melhor a historia da imagem, e, porque desde muito tempo atrás o homem se empenhou em deixar figuras visíveis sobre superfícies duras lisas e delimitadas (paredes de cavernas e mais recentemente telas de tecido). Saber, por que a imagem e não outra coisa. Precisamos viajar as origens da imagem com os meios que dispomos: nossos pobres olhos, nossas pobres palavras.
As sepulturas dos grandes foram nossos primeiros museus, e os defuntos nossos primeiros colecionadores, pois esses tesouros de armas, baixelas, vasos, diademas, bustos de mármore, móveis de madeiras preciosas, não se ofereciam aos olhares dos vivos. As matérias mais ricas acumuladas eram fechadas nas criptas.
Entre nós os modernos, nossos depósitos de imagens, são expostos a nossa vista. No Egito em Micenas ou em Corinto, as imagens depositadas em lugar seguro deviam ajudar os defuntos a prosseguir suas atividades normais, tanto que nós devemos interromper as nossas vidas para visitar nossos mausoléus. Interrupção tardia da preocupação absolutamente prática de sobreviver que temos batizado com o nome de Estética.
Debray escreve que viver para um grego antigo, não era como pra nós, respirar, mas sim para ver, e morrer era perder a vista. Pior que castrar seu inimigo era arrancar-lhe os olhos. Ídolo vem de eidôlon, que significa fantasma dos mortos, espectro, e só depois imagem, retrato. O eidôlon arcaico designa a alma do defunto que