Debates
G1 conversou com internautas que revelaram experiências e traumas.
Histórias mostram falta de atitude das instituições de ensino.
Fernanda Nogueira e Alex Araújo Do G1, em São Paulo e Belo Horizonte
Mesmo com casos diferentes um do outro, pessoas que sofrem ou sofreram bullying na escola revelam dois problemas em comum. Um deles é a dificuldade para falar sobre o problema e fazer denúncia, e a outra é a falta de atitude de professores e diretores das instituições de ensino. O G1 pediu relatos de internautas e entrou em contato com alguns dos leitores que se manifestaram. Alguns deles pediram para não se identificar. Veja abaixo os relatos de vítimas de intimidação nas escolas.
Diogo Sarraf, vítima de bullying (Foto: Arquivo pessoal)
'Um professor participava das brincadeiras de mau gosto'
“Tenho assimetria crânio facial e eu havia mudado de escola. Sofri e muito com os meus colegas de classe, sendo caçoado. Muitas vezes pegavam o meu celular, desmontavam e dividiam entre eles. Recebi apelidos, chegaram até a fazer uma história em quadrinhos para me zoar. Usaram até um programa de rádio da escola para fazer isso.
Um professor participava das brincadeiras de mau gosto que faziam comigo. Entrava na zoeira. Ele ria. Acaba incentivando os outros em vez de repreender. Cheguei a falar para ele que não estava gostando daquilo, que não achava que era uma atitude de professor. Ele me ignorou simplesmente. Nunca procurei a direção da escola.
Eu tinha dores de cabeça muito fortes, ficava muito nervoso, acabava descontando a raiva em quem só tinha amor a me oferecer. Descontava nos meus pais, meu rendimento escolar caiu. Até chegar a um limite em que meus pais perceberam. Comecei um tratamento psicológico e isso me ajudou a superar esta dificuldade."
- Diogo Sarraf, 25 anos, gerente de projetos, São Paulo (SP)
'Outro dia meu filho chegou todo sujo de ovo'
“Meu filho sofre bullying na escola. Quem faz