Debate Simulado
DEBATE SIMULADO
- Grande amigo Ananias! – disse Roberto.
- Fala grande mestre! - respondeu Ananias.
Roberto: - Continua dando aula naquela escola?
Ananias: - Na mesma escola, com a mesma Diretora, os mesmos professores e o mesmo método. Tudo igual, só os alunos é que mudam todos os anos.
Roberto: - Tá de brincadeira? Mesmo sabendo da importância do relacionamento entre professor, aluno e sociedade?
Ananias: Alunos sempre serão alunos independente das especialidades. Eles não têm porque contestar; cabe a eles a função da aprendizagem crua e decorativa, e ao professor a função do ensino direto e sem delongas. Simples assim!
Roberto: - Ah, entendi. O aluno vira basicamente uma enciclopédia ambulante. Agora entendo porque a chamam de “enciclopedista”. Minha opinião a esse respeito é que esse tipo de educação é o que Paulo Freire chamava de educação bancária, onde a relação professor-aluno é hierarquizada e distanciada.
Ananias: - Pois saiba você que temos amor à profissão e que as aulas são todas preparadas de forma minuciosa, e que a explanação e a análise são todas feitas pelo professor; sempre direcionando o aluno. Através da aplicação de conteúdo repetitivo o aluno acaba aprendendo mesmo que seja memorizando.
Roberto: - Ou seja, não é sujeito de construção do conhecimento. Pois eu, meu caro amigo, defendo que é com colaboração que se constroem o conhecimento numa investigação constante, de forma humanista, libertária de si e dos opressores. Fazendo da educação uma ferramenta para "libertar" o aluno.
Ananias: - Meu caro mestre, diante de tantas injustiças sociais o que pode fazer um mero professor?
Roberto: - Aí é que você se engana, meu caro amigo. Educação é um ato político e pedagógico. Não é, e nunca será neutro. Nós educadores necessitamos construir conhecimentos com nossos alunos, visando o bem da sociedade tornando-nos profissionais da pedagogia e da política. E isso só é possível através da união entre