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Conversas recentes entre os governos alemão e brasileiro apontam para o fortalecimento de um possível acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Durante uma reunião no início de 2012, com o ministro brasileiro Antônio Patriota, o ministro das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, demonstrou o forte interesse da Alemanha nesse possível acordo, dizendo que o seu país usará “todo o seu peso” para que isso aconteça. A intenção de se estabelecer um acordo entre os dois blocos não é uma ideia atual e já vem sendo negociada a algum tempo, todas as vezes sem sucesso.
O grande esforço por parte da Alemanha para realização de um acordo de livre comércio se deve ao quadro de crise financeira em que a Europa se encontra. Segundo Westerwelle, a tendência é que os países procurem medidas protecionistas durante uma situação econômica difícil, mas que seu país vai procurar resistir a isso, pois, ainda de acordo com suas palavras, o livre comércio e o motor do crescimento econômico. O fato de o governo brasileiro ter adotado medidas protecionistas foi durante criticado pelo representante alemão, que voltou a afirmar que o livre comércio é a única saída para superar a crise europeia, e que ele é uma via de mão dupla, onde há ganhos recíprocos. Uma ressalva feita pelo ministro Patriota foi a de que os países emergentes, de acordo com cálculos do Fundo Monetário Internacional, serão responsáveis por mais da metade do crescimento econômico mundial no ano de 2012, demonstrando mais um motivo pelo interesse do governo alemão na aproximação.
Com isso, o que se pode concluir é que o acordo que vem sendo arrastado a décadas pelos dois blocos econômicos se tornou inadiável. A crise dos países europeus vem piorando e pondo em risco a existência da EU, e, sendo assim, a Alemanha, como peça vital e dependente da força política e econômica desse bloco, vê com bons olhos a assinatura desse acordo com o