das políticas públicas
O presente capítulo se propõe a analisar o papelo conteúdo dos direitos fundamentais, de modo que o núcleo e alcance do direito à saúde sejam revelados. Constatada, desde já sua fundamentalidade, o primeiro passo é a análise dos aspectos prementes dos direitos fundamentais, bem como a evolução que experimentaram ao longo da história. Em seguida, sob a perspectiva do Estado Democrático de Direito, o direito à saúde será compreendido, analisando-se sua conformação no ordenamento constitucional pátrio. Ao final, sem a pretensão de esgotar todas as nuances acerca do direito à saúde, serão tecidas considerações acerca da sua efetividade como direito a exigir do Estado condições mínimas de uma existência digna.
2.1 CONSIDERAÇÕES ACERCA DA SOCIEDADE DE CONSUMO
Atualmente, em razão da massificação das relações, bem como das exigências que a sociedade hodierna impõe, o consumo torna-se o centro para o qual as estruturas sociais empreendem múltiplos esforços. Dessa forma, resta configurada a sociedade de consumo, havendo uma propensão natural ao consumo e uma insaciabilidade que residem nos aspectos psicológicos do ser humano. Ou seja, as pessoas compram para a satisfação dos seus próprios desejos e vontades, de modo que a realização pessoal está condicionada ao verbo consumir.
Além disso, os objetos, gostos, predileções tornaram-se um dos mecanismos fundamentais de exclusão, aceitação e diferenciação social, isto porque, ao indivíduo que deseja inserir-se no seio da comunidade em que vive, cabe tão somente adequar-se aos padrões previamente estabelecidos. Nesse cenário, os meios de comunicação, dos quais a televisão é exemplar, assumem extrema importância, na medida em que fomentam o consumo exacerbado e muitas vezes incompatível com o padrão de vida que o consumidor possui.
Nessa perspectiva, Don Slater questiona se o consumo seria uma arena de liberdade e escolha ou de manipulação ou indução, concluindo pela redução da esfera de liberdade, em razão rá o