Darwin
Aos dezesseis anos, Darwin deixa Sherewsbury para estudar medicina na Universidade de Edinburgh. Porém, sua aversão à brutalidade da cirurgia da época (que eram realizadas sem anestesia) o leva a negligenciar seus estudos nessa área. Seu pai, decepcionado com a falta de interesse nessa área, o matricula, no ano de 1827, na Universidade de Cambridge, para que se torne um clérigo.
A vida religiosa, porém, também não agrada Darwin e, em 31 de dezembro de 1831, ele aceita o convite para se tornar membro de uma expedição científica a bordo do Navio Beagle, na qual visitou diversas regiões do globo terrestre. Assim, Darwin passa cinco anos, de 1831 a 1836, navegando pela Costa do Pacífico e pela América do Sul, aportando em quase todos os continentes e ilhas maiores à medida que contornava o mundo.
Como a maioria dos europeus, Darwin associava a natureza diretamente a religião e via as espécies como parte de um plano divino, como elementos perfeitos que permaneceram inalterados desde a Criação. Mas esse seu pensamento teve que ser revisto. Durante sua viagem, percebeu uma relação entre fósseis e espécies viventes na época e mecanismos de adaptação relacionados ao ambiente e ao modo de vida, como as emas e avestruzes que, apesar da semelhança, vivam em regiões geográficas distintas, fato que lhe foi mostrado também quando regressou à Inglaterra, com as tartarugas e os tentilhões.
Ao passar pela Costa do Uruguai e mais ao sul, na Argentina, encontrou diversos fósseis, como o de um gliptodonte e não pode deixar de notar sua semelhança com uma espécie que ainda vemos nos dias de hoje, o armadilho e o de um megatério, que tinha o tamanho de um elefante e se