dados da saude
Segundo Marco Antônio Andreazzi, médico sanitarista e pesquisador do IBGE, há diferenças marcantes quando se compara a qualidade dos equipamentos e profissionais entre as classes sociais e o setor público e privado.
Há um excesso de equipamentos sofisticados nos planos privados [que se concentram nas regiões mais ricas] e locais em que faltam equipamentos básicos.
Um desses fatores,segundo ele, é o número de leitos disponíveis. De acordo com a pesquisa AMS (AssistênciaMédico-Sanitária), entre 2005 e 2009, o país perdeu 11.214 leitos nos estabelecimentos de saúde, o que explica as grandes filas nas sete principais capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador,Brasília, Fortaleza, BeloHorizonte e Curitiba) do Brasil. Nesses municípios, há estimativa de que 170 mil pessoas terão de esperar até cinco anos por uma cirurgia não emergencial.
O número total de leitos é de 431.996, dos quais 35,4% em instituições públicas e 64,6% em hospitais privados. A maioria dos leitos (54,2%) está distribuída naregião Sudeste (onde se concentra a população de maior renda), seguida das regiões Nordeste (19,4%), Sul (15%), Centro-oeste (6,7%) e Norte (4,6%).
A região também lidera o ranking que avaliaos postos de trabalho em estabelecimentos de saúde voltados para pessoas com nível superior. Ao todo, 51,4% estão no Sudeste. O Nordeste e o Sul vêm em seguida com 21,4% e 15,2%, respectivamente. O Centro-Oeste e o Norte ficam com a menor parcela de profissionais capacitados, com 7% e 5% respectivamente.
Apesar de o Nordeste vir na segundaposição, os serviços de melhor qualidade estão concentrados nas capitais, em bairros cujo poder aquisitivo da população é maior.
Esse cenário fica claro quando analisados dados de postos médicos por mil