Dadaismo
O movimento Dadista, também conhecido por DADA, nasceu durante a 1ª Grande Guerra na Suíça, mais propriamente em Zurique (que no momento constituía uma “cidade alvo” para emigrantes europeus devido ao facto da Suíça se ter mantido neutra em relação aos choques de potências).
O Cabaret Voltaire (criado por Hugo Ball) era o ponto de encontro de artistas de várias proveniências. Neste Bar no centro de Zurique começou-se a praticar as soirées culturais, que eram saraus onde se declamava poesia, dançava-se, cantava-se, havia exposições, etc. E foi numa destas performances que Tristan Tzara (poeta romeno) estabelece o nome do movimento abrindo aleatoriamente um dicionário e deixando cair uma gota de água sobre a página. Dai surge “DADA” que em francês significa cavalo de brincar. Isto foi feito para simbolizar o caráter antirracional do movimento, claramente contrário à Primeira Guerra Mundial. Mais tarde, a inauguração da “Galeria Dada” e a publicação de revistas “dada” e livros ajudaram a popularizar o movimento.
A proposta do Dadaísmo é que a arte ficasse solta das amarras racionais do passado e fosse apenas o resultado do automatismo psíquico, selecionando e combinando elementos por acaso. Sendo a negação total da cultura, o movimento defendia o absurdo, a incoerência, a desordem, o caos. Procurava chocar um público mais ligado a valores tradicionais e libertar a imaginação destruindo as noções artísticas convencionais. O objetivo máximo era o escândalo. Politicamente, a arte Dada firma-se como um protesto contra uma civilização que não conseguiria evitar a guerra.
PRIMEIRO MANIFESTO DADÁ
Hugo Ball
Dadá é uma nova tendência da arte. Percebe-se que o é porque, sendo até agora desconhecido, amanhã toda a Zurique vai falar dele. Dadá vem do dicionário. É bestialmente simples. Em francês quer dizer "cavalo de pau" . Em alemão: "Não me chateies, faz favor, adeus, até à próxima!" Em romeno: "Certamente, claro, tem toda a