Da unidade para a diversidade através da educação thereza bordoni *
Thereza Bordoni * O texto aponta para uma sociedade sem limites e confusa em seu processo de formação, que criou um aluno sem parâmetros de comportamento social, com um discurso vazio e fundamentado somente nos “meus direitos”, e sem objetivos para a sua vida escolar.
Um importante papel da escola que está sendo esquecido é a formação humana.
Na sociedade enfrentamos uma banalização da vida, e que no processo de globalização econômica a escola desenvolveu-se como uma máquina de normalizar, mas isto apresenta um problema: empobrece a diversidade dos modos de vida e de pensamento, em prol de uma língua escolar, de uma cultura de massa.
Vimos mudanças no mundo, na economia, nas sociedades, mas a escola continua percorrendo seu próprio caminho, tomando às vezes cinco minutos para falar da pedofilia na igreja ou da guerra do Oriente Médio, e voltar rapidamente às “coisas sérias”, todos preocupados em progredir e em concluir o ano sem se expor à crítica dos pais e colegas.
Pais e alunos consideram-se consumidores de escola (Baillon, 1982), utilizando ao máximo os recursos escolares para garantir o melhor diploma, sem se preocupar em saber se suas estratégias agravam as desigualdades sociais ou se além dos saberes para passar no vestibular o aluno está levando consigo uma formação humanitária recheada de valores. Em contra partida os professores se preocupam em encontrar um posto de trabalho estável e confortável, em se proteger dos alunos com problemas, dos pais exigentes, e que trabalhar conteúdos meramente acadêmicos é muito mais fácil que formar cidadãos. Assim, muitas vezes a compreensão e a analise crítica de mundo se transformam em perda de tempo letivo. São posturas como estas que favorecem a formação de uma sociedade sem valores morais.
E a família, que apesar de se dizer preocupada com a formação integral dos filhos, cobra da escola como sua maior preocupação a nota e a aprovação.
É preciso uma real