Da Organização Científica do Trabalho à Escola das Relações Humanas: a procura incessante da racionalidade.
Texto: HANDEL, Michael, J. (2003), “Organizations as Human and Social Systems I: The impulse to Reform Work. A The Early Human Relations Movement; B – Humanistic Management and Contemporary Employee Involvement”, in HANDEL
Organizações como sistemas sociais e humanos Michael Handel
O impulso da reforma no trabalho
A. O Inicio do movimento das relações humanas
A escola das relações humanas foi a 1ª a criticar os modelos clássicos de organização, enfatisando que as organizações devem ser vistas como sistemas sociais e humanos. Esta escola tem como fundamento as experiências de Hawthorne ->variação nas condições fisicas do trabalho, como a intensidade da luz, no trabalho realizado pelos trabalhadores. Experiências como as pausas, folgas e pagamentos de incentivos monetários para ver a influência na variação do output dos trabalhadores. As experiências de Hawthorne mostraram resultados diferentes. Se por um lado verificou-se um aumento do output com a melhoria das condições fisicas de trabalho, dos trabalhadores que faziam parte da experiência (Gift exchange), por outro os investigadores das relações humanas concluiram que a falta/escassez de comunicação no trabalho, entre líderes/superiores e trabalhadores subordinados, gerava uma solidariedade negativa que não só restringia o output, como fomentava a censura e a repudia dos trabalhadores que tinham menos produção face aos que superavam os indices produtivos. Em contraposição à gestão ciêntifica de Taylor a ERH advogava que as condições sociais e o clima organizacional tinham impacto nos níveis de produtividade, ou seja no output.
Assim as ERH defendia que:
1. O local de trabalho é um sistema social: os trabalhadores precisavam de se sentirem parte integrante de um grupo social organizado, com oportunidades para interacção social e conecção com os outros, sejam superiores