Código de Ética 1947

O Serviço Social brasileiro emerge em uma fase de transformação. Após a crise internacional de 1929, tem-se um processo de reorganização do capitalismo e o Estado, visando acelerar expansão econômica. A exploração do trabalho se torna cada vez mais intensa, o que resultou no aumento da precariedade do trabalho e na condição de vida da população trabalhadora do país. A situação em que o operário se encontrava ficou insustentável, essa situação ocasionou sua organização e união com outros trabalhadores, para reivindicar junto à burguesia melhores condições de vida. Aos poucos o operariado foi se desenvolvendo e se tornando uma ameaça para burguesia, o que causou a intervenção do Estado, que atendia algumas demandas com intuído de amenizar e criar um “clima social” favorável para manutenção do sistema. Assim, a venda da força de trabalho passa ser regulamentada pelo Estado, proporcionando direitos aos trabalhadores. O reconhecimento da “questão social” – que agora passa a ser parte intrínseca da sociedade capitalista - pelas classes dominantes, gera a necessidade de implementação de políticas sociais de seu interesse para manutenção do poder. É neste contexto histórico que surge o Serviço Social, inicialmente grupos formados pela classe dominante, vinculados a Igreja católica.
A família no inicio do século XX, tinha uma formação conservadora coberta por características positivistas e pelo pensamento católico, a mulher tinha limites profissionais onde essa profissão não poderia desvirtuar suas ações, pois a mulher tinha um papel social na sociedade. A questão social era tratada a partir de crenças morais e a formação dos primeiros assistentes sociais era pautada nos valores e ideais conservadores, que eram base da formação moral das mulheres. A moral se apresenta como um dos elementos que viabilizavam a reforma cristã. A partir da conservação da família tradicional, com o intuito de fazer a manutenção da propriedade privada, a mulher mais uma vez é tomada como o