Células tronco
As células-tronco são células indiferenciadas que têm a capacidade de se diferenciar em células altamente especializadas, ao mesmo tempo em que conseguem se manter no estado indiferenciado. O mecanismo pelo qual as células-tronco conseguem realizar esta dupla função (diferenciação mantendo uma reserva de células indiferenciadas) ainda não está completamente elucidado, embora alguns aspectos importantes já sejam conhecidos. Por exemplo, estudos utilizando tecnologia de análise genética com microchips (microarray) têm permitido, baseados no padrão de expressão gênica destas células, identificar algumas características básicas responsáveis pela manutenção do estado indiferenciado, que incluiriam a capacidade de responder ao hormônio do crescimento e à trombina, a integração com a matriz extracelular via integrina a6-b1, a alta resistência ao estresse através do aumento da expressão de enzimas de reparo de DNA, entre outras.9 Além disso, várias proteínas de sinalização extracelular diferentes têm sido identificadas como tendo papel importante na manutenção do estado indiferenciado das células-tronco, tais como Bmi-1,10 Notch e Wnt,11 Tie2/Angiopoietina-112 e Oct4.13
Células-tronco embrionárias
As células-tronco embrionárias são obtidas da massa celular interna do embrião e possuem a capacidade de se diferenciar em tipos celulares dos três folhetos embrionários (endoderma, mesoderma e ectoderma) tanto in vitro14,15 quanto in vivo,16 o que demonstra a sua pluripotencialidade. O isolamento de células-tronco embrionárias humanas foi reportado pela primeira vez em 1998,17 e desde então tem sido observado um crescimento exponencial no número de experimentos com estas células, envolvendo melhoria nas condições de cultura,18 manipulação genética19 e indução de diferenciação em diferentes tecidos.20-22 Apesar de serem consideradas as mais promissoras das células-tronco em função da sua pluripotencialidade, o conhecimento atual ainda não permite a produção de