CÁLCIO NO ORGANISMO HUMANO
Marcos Paulo Damaceno Alves 1
O cálcio plasmático é uma das variáveis controladas com maior precisão no organismo; as concentrações plasmáticas variam menos de 5% nos adultos normais. O outro sistema é responsável pelo equilíbrio do cálcio que permite, em longo prazo (i.e., semanas a meses), que a ingestão de cálcio seja equivalente à sua excreção.
A regulação precisa do cálcio plasmático assinala a importância fisiológica desse íon. As concentrações intracelulares de cálcio controlam vários processos celulares, incluindo a contração muscular, o acoplamento estímulo-secreção nos nervos, a exocitose dos hormônios e a atividade de inúmeras enzimas. O cálcio plasmático é fundamental para essas funções, assim como para a coagulação do sangue, a manutenção das junções firmes entre as células e a estabilidade das membranas celulares. A última ação é particularmente importante para o tecido excitável. A hipocalcemia. Causa potenciais de ação espontâneos nos músculos e nervos, que podem acarretar tetânia nos músculos respiratórios e outros músculos esqueléticos, resultando em óbito por asfixia. Finalmente, o cálcio nos ossos e dentes é essencial para a integridade estrutural e funcional desses tecidos.
O organismo contém aproximadamente um quilograma de cálci distribuído entre três principais compartimentos: osso, líquido intracelular e líquido celular. Cerca de 99% desse cálcio encontram-se nos ossos, principalmente sob a forma de hidroxiapatita, que é um cristal complexo contendo cálcio, fosfato e água. A hidroxiapatita constitui cerca de 75% do osso compacto maduro e é responsável pela re-sistêmica óssea à compressão. Uma pequena percentagem ( menos de 0,5%) do cálcio ósseo encontra-se como cristais amorfo ou solubilizado. Essa pequena reserva de cálcio está em equilíbrio dinâmico com cálcio extracelular e é importante para a manutenção das concentrações plasmáticas desse íon.
A segunda maior reserva de cálcio no organismo encontra-se no