Cyberbullying: o fenômeno sem rosto – um estudo sobre sua incidência e reflexos
CYBERBULLYING: O FENÔMENO SEM ROSTO – UM ESTUDO SOBRE SUA INCIDÊNCIA E REFLEXOS
Cayo dos Santos Souza1, Alexandre Basto Alves Costa2 Marlene Maria Ogliari3
INTRODUÇÃO
Como instituição social, a escola não poderia deixar de passar por continuas mudanças e transformações ao longo de sua história. Muitas delas são consequências de pesquisas efetivadas sobre esse contexto, outras são aplicações de estudos feitos com base em questões sociais, psicológicas, antropológicas, que também agem no imbricado contexto educacional. A preocupação com a violência no ambiente escolar emergiu nos estudos acadêmicos a partir da década de 1980, com objetivo de identificar e caracterizar as principais formas de repressão exclusão e violência no contexto escolar. A adoção universal do termo cyberbullying foi decorrente da dificuldade de traduzi-lo para diversas línguas. As pesquisas sobre bullying em contextos educacionais são recentes e começaram a ganhar destaque a partir da década de 1990 com autores como Olweus, (1993); Smith & Sharp, (1994); Ross, (1996) e Rigby, (1996). No Brasil o cyberbullying só começa a ganhar destaque e notoriedade, no fim da década de 90 e inicio dos anos 2000. Embora atualmente o estudo da violência nas instituições de ensino tenha classificado suas diversas formas de apresentação e ocorrência, sejam em escola publicas ou privadas, a análise a qual se detém esta pesquisa trata do cyberbullying no contexto escolar. Esse tipo de violência, que tem sido objeto de investigações em estudos nacionais e internacionais, é conceituado como um conjunto de comportamentos agressivos sejam eles físicos ou psicológicos, tendo como base ou auxilio tecnologias da comunicação. No cyberbullying é comum o agressor manipular e produzir a aparição de fofocas, boatos, injurias e falsas verdades, com auxilio de computadores, celulares, tablets, pagers, arquivos em áudio ou