CURTUME

1. INTRODUÇAO
O Brasil é um dos maiores produtores de carne bovina do mundo. No processo de abate dos animais, surgem alguns tipos de materiais secundários, que podem ser aproveitados de diferentes formas, como ossos, vísceras e pele/couro. A utilização do couro, em especial, é tradicional em nosso país, especialmente no sertão nordestino (utilizado para fabricação das roupas dos cangaceiros, para protegê-los da mata daquela região) e no Rio Grande do Sul, onde cidades foram formadas ao redor das indústrias de charque e curtume. Hoje, as regiões sul e sudeste são as maiores produtoras de couro no Brasil.
A indústria do curtume, porém, vem sendo considerada muito poluente. Vamos destacar os efeitos poluentes do processo de curtimento do couro utilizado atualmente, de forma a retratar tanto suas consequências ao meio ambiente, quanto as alternativas que podem e devem ser tomadas para diminuir esses efeitos na natureza.
Veremos como estas industrias trabalham, qual o impacto que estas causam ao meio ambiente caso não hajam de acordo com o prescrito a elas, quais danos podem e quais não podem ser evitados, assim como os órgãos de fiscalização e outras informações.

2. CURTUME
O curtume de couros é feito em três etapas principais: ribeira, curtimento e acabamento. A ribeira tem por finalidade limpar as peles, eliminando as partes que não serão utilizadas, preparando a pele para receber os produtos químicos nas fases seguintes. Nesta fase utiliza-se produtos como cal, sulfato de sódio, cloreto de sódio, aminoácidos e ainda se observa um grande consumo de água gerando elevada produção de efluente líquidos.
O curtimento serve para transformar a pele em couro, ou seja, em um material estável e que não apodreça. Pode ser feito um curtimento vegetal (com uso de taninos), sintético (com formol, principalmente) ou mineral (com sulfato de cromo), sendo este último o mais utilizado por ser mais rápido e pela qualidade do couro produzido. ‘

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