Curso Biotecnologia
A demanda por bacharéis e tecnólogos deve continuar crescendo. De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a população mundial chegará a 9 bilhões até 2050. É preciso, segundo a entidade, aumentar a produção de alimentos em 70% para dar conta de tanta gente. E, para isso, aposta que somente com técnicas de biotecnologia será possível chegar a esse patamar de produção. "A biotecnologia tem sido considerada uma área prioritária de investimento do governo federal e de empresas privadas. Algumas, como a Monsanto, que trazia mão de obra de outros países, já começa a contratar brasileiros para o setor de pesquisa", explica Flávio Henrique Silva, coordenador do bacharelado em Biotecnologia da UFSCar, em São Paulo. Além do setor de alimentos, os mais aquecidos são os de biocombustíveis (bioetanol e biodiesel), medicamentos (vacinas e hemoderivados), melhoramento genético animal (bovino, caprino e ovino), meio ambiente e conservação de espécies (biorremediação, controle de poluentes e bioindicadores). Outra área que desponta no Brasil é a de cosméticos. A região amazônica já colhe bons frutos como polo produtor de cosméticos graças à biodiversidade local, que permite a obtenção de extratos de frutos e raízes. "A indústria cosmética tem absorvido todos os nossos egressos e ainda precisa de mais profissionais", relata Sônia Maria da Silva Carvalho, coordenadora do curso tecnológico em Biotecnologia da Ufam. As regiões Sul e Sudeste ainda concentram as melhores ofertas de trabalho, com destaque para São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná. Norte e Nordeste, no entanto, não ficam muito atrás, porque a biodiversidade animal e vegetal também gera oportunidades na indústria farmacêutica. As universidades têm aberto concurso para professores nos cursos de Biotecnologia. Nesse caso, é preciso ter doutorado. Os pós-graduados também encontram vagas em institutos de pesquisa em todo o país.