Curriculo
A escolha em abordar esse tema se intercepta com o momento histórico atual, no qual o próprio conceito de educação vem sendo discutido. Nesse contexto, surgem propostas de abordagem menos parcelada do conhecimento, no desejo de uma integração de conteúdos e de ampliação do trabalho escolar na direção da educação matemática, buscando uma aprendizagem mais significativa. Participar da sociedade hoje, exige dos indivíduos um número muito mais elevado e complexo de capacidades: operar terminais bancários, transitar pelo sistema de transportes, utilizar meios de comunicação como fax, celulares e internet, lidar com um número cada vez maior de pessoas, de diferentes origens sociais e culturais, conhecer as cada vez mais complexas estruturas administrativas da vida social por onde transitam seus direitos e deveres e saber como utilizá-las, são algumas das exigências diárias da vida moderna. “Falar sobre futuro em educação é algo fundamental. Não podemos desempenhar nossa missão de educadores sem estarmos permanentemente atentos ao futuro, pois é nele que se notarão os reflexos de nossa ação”.(D’Ambrósio, 1993, 48). Ainda segundo o autor que acabamos de citar, teríamos necessidade de uma revisão curricular com a introdução de novas disciplinas e novos enfoques visando valores utilitários, cultural, formativo (do raciocínio), sociológico (pela universalidade) e estético. Nessa perspectiva, a reorganização dos sistemas escolares, em sua opinião, deverá visar a instrumentalização do aluno, a facilitação de sua socialização e dar-lhe conhecimento. Sua proposta implica numa profunda revisão do próprio conceito de currículo e busca um futuro com uma nova educação matemática sem as obsolências que a caracteriza hoje em dia.
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Professora do CAIC/ Professora Núbia Pereira Magalhães Gomes. Professora do Instituto Estadual de Educação. Especialista em Educação