Curiosidades sobre Carlos Drummond de Andrade
Foi expulso do colégio
Quando tinha 15 anos de idade, Drummond ingressou como aluno interno no Colégio Anchieta, em Nova Friburgo (RJ). Lá publicou seu primeiro texto, em 14 de abril de 1918, no jornal do colégio. Um ano depois, foi expulso por insubordinação mental, como os padres justificaram. O poeta teve de deixar o colégio durante a madrugada, sem se despedir de ninguém. "Não tenho trauma, não. Já falei tanto mal dos padres que me expulsaram, já esculhambei tanto que hoje estamos quites", disse o poeta ao jornalista Geneton Morais, no que seria a última entrevista de Drummond e depois seria transformada em livro, o Dossiê Drummond (Editora Globo). Drummond se graduou em Farmácia, mas nunca exerceu a profissão.
Virou nota de dinheiro
Era um domingo, dia 15 de janeiro de 1989, quando o então presidente José Sarney anunciou o Plano Verão. Junto com ele, o país ganharia - além de uma inflação que subiu 6% em dois meses - notas de Cruzado Novo, que cortavam três zeros em relação à moeda anterior, o Cruzado. Quem estampava a nota mais baixa, a de 50 cruzados novos, era Drummond (Cecília Meireles aparecia na de 100). De um lado o rosto do poeta, do outro o poema Canção Amiga (do livro Novos Poemas, de 1948): "Eu preparo uma canção/ que faça acordar os homens/ e adormecer as crianças." O Cruzado Novo durou pouco mais de um ano e foi substituído pelo Cruzeiro.
Deixou poemas inéditos com sua amante
Drummond foi casado por 62 anos com Dolores Dutra de Morais. Porém, durante 36 anos, Lygia Fernandes, 25 anos mais jovem que o poeta, e Drummond namoraram (como eles preferiam chamar o caso extraconjugal). Se conheceram, em 1951, no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde trabalhavam. Eles se viam todos os dias, mesmo depois de o poeta se aposentar. Drummond fez várias poesias para ela e deixou, pelo menos, três livros de poemas inéditos, além de manuscritos de Lição de Coisas e Boitempo. Lygia morreu em