Aproveitamento da torta de pinhão manso (Jatropha curcas L.) para a obtenção da Curcina: uma RNA-N-glicosilase com potencial biotecnológico. Sousa, E.K.S1; Feitosa, V.A1; Silveira, J.A.G2; Silva, A.L.C.1 1 Laboratório de Biotecnologia Molecular (LabBMol), Universidade Federal do Ceará, e-mail: andre.coelho@ufc.br. 2 LabPlant – Universidade Federal do Ceará. Espécies de plantas oleaginosas vêm sendo utilizadas para fornecer combustíveis alternativos e têm recebido grande interesse pelos cientistas nos últimos anos, principalmente pelo seu papel chave no desenvolvimento sustentável. O pinhão manso (Jatropha curcas L.) é uma dessas potenciais oleaginosas, visadas pelo Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel. No entanto, sua torta (co-produto da extração do óleo das sementes) possui utilizações restritas devido à presença de fatores limitantes de natureza tóxica, alergênica e antinutricional, como os ésteres dipertenos. Além desses, as sementes de pinhão também apresentam uma RNA-N-glicosilase (denominada Curcina) inativadora de ribossomos. A curcina pertence à classe das RIPs, que são proteínas com grande potencial biotecnológico por apresentarem uma série de atividades biológicas, incluindo atividade anticâncer e apoptótica. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um protocolo para o isolamento e purificação curcina a partir da torta de sementes do pinhão manso. Inicialmente, a torta foi delipidada com hexana (1:6 p/v) por 12 h e transformada numa farinha fina e homogênea. Essa farinha foi submetida a uma à extração (1:10 m/v) com tampão fosfato de sódio 5 mM pH 7,0 contendo 200 mM de NaCl por 3 horas e centrifugado a 10.000 rpm durante 30 min a 10 oC. O extrato protéico obtido foi precipitado com sulfato de amônio de 0-60% por 8 h a 10 oC. O precipitado foi ressuspenso no mesmo tampão de extração, dialisado e fracionado em uma coluna de Sephadex G-100. Foram obtidos dois picos protéicos majoritários (denominados PI e PII). Após ensaios