Culturas religiosas: um olhar antropológico sobre as religiões
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E TEOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO
CULTURAS RELIGIOSAS: UM OLHAR ANTROPOLÓGICO SOBRE AS RELIGIÕES
MARCO ANTONIO CARVALHAES PEREIRA
Síntese Crítica apresentada para obtenção de nota parcial na disciplina de Antropologia da religião no Mestrado em Ciências da Religião do Departamento de Filosofia e Teologia da Universidade Católica de Goiás, em 2010/8.
Professora: Irene Dias de Oliveira
Goiânia
2010
Conforme Laraia (2007, p. 25) utilizando-se da definição de Tylor que abrange cultura como sendo todas as possibilidades de realização humana, além de marcar fortemente o caráter de aprendizado da cultura em oposição a idéia de aquisição inata, transmitida por mecanismos biológicos, podemos dizer que o ser humano difere dos outros animais por ser o único que possui cultura.
Segundo Laraia (2007) a cultura se desenvolveu a partir da possibilidade da comunicação oral e a capacidade de fabricação de instrumentos, capazes de tornar mais eficiente o seu aparato biológico. Isto significa afirmar que tudo o que o homem faz, aprendeu com os seus semelhantes e não decorre de imposições originadas fora da cultura. A comunicação oral torna-se então um processo vital da cultural: a linguagem é um produto da cultura, mas ao mesmo tempo não existiria cultura se o homem não tivesse a possibilidade de desenvolver um sistema articulado de comunicação oral. A cultura desenvolveu-se simultaneamente com o próprio equipamento biológico humano e é, por isso mesmo, compreendida como uma das características da espécie, ao lado do bipedismo e de um adequado volume cerebral. Uma vez parte da estrutura humana, a cultura define a vida, e o faz não através das pressões de ordem material, mas de acordo com um sistema simbólico definido, que nunca é o único possível.
Mas não existe correlação significativa entre a distribuição de caracteres genéticos e a distribuição das diferenças