Culturalismo
1. CONCEITO
O culturalismo é um ramo da antropologia nascido nos Estados Unidos sob o impulso principal de Ruth Benedict e Ralph Linton. O culturalismo tenta uma descrição da sociedade sob a perspectiva combinada da antropologia e da psicanálise. O culturalismo constitui uma dos ramos da sociologia que dominou a sociologia americana de 1930 até 1950. Emprestando o conceito de cultura dos antropólogos, ele procura dar conta da integração social.
Chama-se culturalismo à postura da vertente da psicologia e das ciências sociais em geral que destaca o papel da cultura na explicação dos fenómenos psicológicos individuais e dos fenómenos colectivos. No campo da psicologia, o culturalismo atribui à cultura o papel determinante no desenvolvimento do carácter e da personalidade, enquanto que nas ciências sociais em geral o culturalismo se traduz no destaque do papel da cultura na organização das condutas e dos fenómenos colectivos. É um ponto de vista que encarreira pelo determinismo cultural entendendo que todas as realidades estudadas são explicáveis através da análise de factores culturais, isto é, através da rede de significados que constitui a cultura. O mesmo será dizer que o conjunto composto, entre outros, por instituições, códigos de conduta, sistemas de crenças, arte, religião, rituais, costumes, normas, valores e linguagem (isto é, a cultura) é a causa preexistente dos fenómenos psicológicos individuais e dos fenómenos colectivos.
2. ESTRUTURA
2.1 – O Culturalismo Americano
No período entre as duas guerras mundiais desenvolveu-se, fundamentalmente nos Estados Unidos, uma corrente culturalista em antropologia, cuja premissa básica era a de que uma dada cultura impõe um determinado modo de pensamento aos homens nela inseridos. A cultura condiciona o comportamento psicológico do indivíduo, sua maneira de pensar, a forma como percebe seu entorno e como extrai, acumula e organiza a informação daí proveniente. Nesse sentido, foram