Culturalismo
O culturalismo é uma vertente do estudo antropológico enquadrado nas ciências sociais, seus objetos de estudo são os fenômenos individuais e coletivos explicados a partir da cultura no qual pertencem.
É atribuída a cultura um papel significante e determinante para o desenvolvimento do sujeito no que diz respeito ao seu caráter e personalidade. Desta forma, a pesquisa antropológica baseia-se em estudos na rede de significados que cada indivíduo atribui conforme a sociedade na qual faz parte.
Os principais antropólogos que pesquisaram sobre a cultura como fator determinante dos fenômenos relacionados ao sujeito e sua coletividade são Franz Boas, Ruth Benedict e Margaret Mead. Todos compartilhavam da ideia de que não podemos estudar os fenômenos culturais a partir de uma visão própria de mundo. A princípio, se faz necessário que se abandone todas as certezas etnocêntricas e passe a relativizar questionando através de novos sentidos adquiridos através da compreensão da cultura do outro.
Os métodos de pesquisa utilizados são a comparação e investigação das leis empregadas dentro de cada cultura para estabelecer a ordem e atribuir valores morais. Sendo assim, o foco se encontra na análise das instituições, códigos de conduta, sistemas de crenças, arte, religião, rituais, costumes, normas, valores e linguagem.
2 – DESENVOLVIMENTO
A escola de pensamento culturalista provém de um contexto de critica as ideias e crenças advindas do evolucionismo, nesta época acreditava-se que diferenças biológicas (raça) determinavam as diferenças culturais, portanto esses seriam fenômenos interdependentes.
Franz Boas o principal precursor desse movimento e suas discípulas, Margareth Mead e Ruth Benedict provocam uma inversão sobre a visão padronizada de cultura, relativizando o fenômeno cultural e estabelecendo autonomia a ele. Encerram a ideia de determinismo mediante as condições biológicas e ambientais, inferindo o conceito de que a