Cultura e a obra cinemátografica
A substituição do homem pela máquina tornou a cultura complexa, perdidas em meio às redes de sociabilidade, formando assim um avanço sem progresso. Essa regressão humana esta visualizada no estado caótico, não só das pessoas apresentada no filme, mas também das dimensões geográficas e climáticas em que envolve a cidade de Los Angeles nas cenas do filme. O estado perde sua identidade, junto aos humanos, e fica evidenciado pela presença de povos de outras origens, japoneses e chineses, integrando a esta situação a alimentação e costumes que se interlaçam e ficam ao léu, sem denominarmos prevalência ou decadência no contexto psicológico e social. No EUA agora, se flui a utopia de um mundo perfeito em colônias interplanetárias, reservadas apenas à minoria em numero pequeno que torna esta classe seletiva e excludente. A cultura é escassa, formada por seres individuais, com costumes estranhos e totalmente voltada ao capitalismo e responsáveis pela força de trabalho e pela decadência ideológica. Há uma cena avassaladora, com pessoas rodeando o carro do caçador de androide para rouba-lo, como se num arrastão. As pessoas que aparecem no filme têm as feições fadigadas e desnorteadas, parecem estar lutando em uma guerra sem armas e se perdem em meio ao descaso. A carência também é visível nas cenas, pois tanto o dono da indústria, como os responsáveis pela fabricação dos androides, são facilmente manipulados por suas criações, apontando seres humanos frágeis a suas próprias máquinas e necessitados do reconhecimento e do afeto. Enfim, a cultura, encontrada no filme pode ser, sem dúvidas, intertextualizada com a letra da música dos titãs, Homem Primata, também lançada na década de 80.
Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía...
Eu me perdi
Na selva de pedra
Eu me perdi
Eu me perdi
Eu me perdi
Eu me perdi...