O esclarecimento da transição do sistema internacional ao controverso conceito de mundo globalizado remete a diversos discursos analíticos das dinâmicas políticas, sociais e culturais. Cada um desses discursos recorta temporalmente a realidade e seus fenômenos complexos e multifacetados, e, portanto, possuem própria perspectiva crítica e histórica. A noção de globalização, contudo, deve englobar as novas dinâmicas sócio-produtivas as transformações na divisão internacional do trabalho, as mudanças subjetivas e conflitos sociais e culturais na dinâmica de forças de territorialização e desterritorialização. A partir da temática da passagem para modernidade, abordada por A.Giddens, pode-ser pensar no próprio conceito de moderno, modernidade e modernismo. Sendo o moderno caracterizado pelo novo e ruptura com a tradicionalidade, modernismo pelo vanguardismo no campo das artes e a modernidade “refere-se a estilo, costume de vida ou organização social que emergiram na Europa a partir do século XVII e que ulteriormente se tornaram mais ou menos mundiais em sua influência” nas palavras de Giddens. Tal conceituação caracteriza a modernidade como descontinuidade da ordem social tradicional (comunidades locais, unas e homogêneas, verdades e memória coletiva calcadas na interpretação dos guardiões sobre os rituais que sustentam tal ordem). Com tal ruptura surgem sociedades diversificadas e divididas em interesses conflitantes. A natureza das instituições e formas sociais também muda: a consolidação do Estado-nação (e posterior consolidação mundial pela expansão européia e de sua racionalidade) e novas dinâmicas sócio-produtivas. Além disso, a prerrogativa da escolha na modernidade é permeada pela extrema liberdade e individualização das preferências. Tal sociedade também pode ser representada pelas idéias de industrialização, urbanização, capitalismo, poder militar (monopólio da violência pelo Estado) e vigilância (controle da informação e supervisão social). A rapidez e