Cultura da gare
A Arte Europeia na segunda metade do século XIX até à primeira grande guerra (c. 1850 – 1914)
Ter em conta a contextualização Histórico – Cultural (páginas 4-8).
1. A evolução das artes plásticas
A Revolução Impressionista
O Impressionismo teve a sua génese entre 1860-70, no seio de um grupo de jovens artistas que se reunia no Café Guerbois, para discutir as suas atitudes e incertezas comuns acerca da pintura.
Essas atitudes refletiram:
▪ O clima politico e social onde a alta burguesia e o capitalismo alcançaram um grande desenvolvimento e se mantiveram, a par, das conquistas e dos progressos técnicos e científicos; ▪ A oposição ao Romantismo, ao academismo com todos os seus cânones e ao intelectualismo social do Realismo, apesar do Impressionismo ter as suas raízes nestes movimentos.
Apelidados de Impressionistas, este núcleo de autores e amigos não constituiu um movimento na verdadeira aceção do termo, ou um grupo firmado por princípios estéticos rígidos. As suas pinturas são o reflexo da personalidade de cada um e, por isso, heterogéneas. O que tiveram em comum foi uma pintura ligada à vida citadina moderna e às impressões sensoriais dos seus autores, fundadas num individualismo crescente, longe de peias académicas. Praticaram, assim, um repertório constituído por paisagens, figura humana e lazeres citadinos e o mesmo interesse pela captação de uma dada realidade, parcial e sensível, que é a da luz e dos seus efeitos sobre a Natureza, as pessoas e os objetos.
O grupo impressionista era constituído por Pissarro, Paul Cézanne, Claude Monet, Auguste Renoir, Edgar Degas, entre outros. Estes pintores, logo o Impressionismo, sofreram influências dos pintores coloristas do século XVIII e da paleta límpida e clara de Turner e Constable, considerados seus precursores na representação direta da Natureza e na análise da luz; de Jonkind e Boudin e de Delacroix assim como de