Cultivo de Guariroba
Técnico
ISSN 1517-1469
Planaltina, DF
Julho, 2003
Foto: José Teodoro de Melo
Cultivo de Guariroba
(Syagrus oleracea Becc.) em
Sistemas Consorciados com
Espécies Florestais no
Cerrado
A guariroba (Syagrus oleracea Becc) é uma palmeira importante na Região do Cerrado principalmente em Goiás onde é muito usada na culinária. Seu palmito, de sabor amargo, é usado em pratos típicos da região e, além de ser consumido in natura, já é industrializado e vendido em supermercado. As folhas da guariroba são também consumidas pelo gado e apresentam cerca de 13% de proteína bruta e 56% de fibra em detergente neutro (FDN), com 45% de digestibilidade in vitro da matéria seca
(Fernandes et al., 2002). O fruto pode ser aproveitado pela fauna e a planta é ornamental.
José Teodoro de Melo1
A consorciação de guariroba com culturas anuais é uma prática aceitável até o segundo ano, com indicação para o arroz e o feijão. No caso do plantio do coco-semente, diretamente no campo, pode ser consorciada com milho, desde que este seja colhido ainda verde e sua palhada seja acamada (Diniz & Sá,
1995). De acordo com Aguiar et al. (1996), o consórcio com milho e feijão serve para reduzir os custos de implantação.
Nesse caso, a guariroba é semeada no espaçamento de 1,2 m x
1,2 m, o milho e o feijão semeados nos espaços entre as covas de guariroba.
A planta pode atingir de 10 a 20 m de altura e diâmetro entre 15 e 35 cm. A maturação dos frutos ocorre nos meses de novembro a fevereiro. Os frutos, de coloração verde-amarelada, são organizados em cachos de 20 a 40 cm de comprimento com cerca de 60 a 120 frutos por cacho (Brandão et al., 2002).
A utilização de sistemas agroflorestais apresenta importantes perspectivas para as pequenas propriedades rurais. Entre as vantagens de sua adoção tem-se o aproveitamento simultâneo da área para cultivos agrícolas e florestais, a proteção dos solos contra a erosão pela ação das chuvas e dos